EIS UM CULTO
Na verdade vos digo, eis um culto.
Nem eu sabia, mas estávamos cultuando.
Amassei as uvas, dali os caroços pulavam, saiam pela bacia,
pairavam no suco da preta uva,
já não havia mais cascas,
era tudo às claras.
Liberava-se a máscara,
triste e feliz.
A sacerdotisa,
no acaso veio em mim,
distribuiu o suco
já transformado em vinho
pela essência das especiarias:
linhaça, cravo e gengibre,
cuidadosamente
medidos e preparados.
Após três copos estávamos magicamente embriagados.
Tudo se organizou,
alguém organizou,
no acaso Ele.
Já estávamos em círculo.
Em algum outro lugar
já estivemos em círculo
como ali.
Na melhor maneira,
em que todos pudessem se tocar.
Os corpos foram acariciados,
acalmados,
massageados
pelos corpos, outros.
Repentinamente tudo se desmorona
Todos deitam,
outra posição.
A Sacerdotiza,
no acaso veio nela,
a mais velha e
ordenou,
numa leve brincadeira,
um beijo.
Esse beijo foi
sendo passado como um
cristal que não poderia cair e quebrar
e sim
entregue ao próximo,
como dela saiu.
O homem seu súdito
recebeu,
passou.
A menina atrevida,
recebeu.
Ria,
a danada
passou o beijo para o homem mais experiente,
amigo da sacerdotisa,
entendia o gozo,
aquela sensação ali cultuada,
sensação da vida,
da produção
reprodução.
Esse mesmo homem passou aquele beijo pra mim,
a mais nova,
ainda não iniciada
nos prazeres da vida.
Mostrei que sabia,
fingida,
de fato achava que sim.
O pré – prazer veio
e arrepiei.
Ué?
Que isso?
Os lábios do homem encostavam em minha nuca
Gritei.
Como uma virgem
Sangrei.
Como Maria
Misturei a dor e a alegria,
Mistura, essa,
só proveniente
dos mistérios da cabala.
Oculto?
a dor e a alegria se mostravam,
desvendavam interpretações.
Era aquilo
o prazer da vida.
Não menos doloroso
Não menos prazeroso.
Nem eu sabia, mas estávamos cultuando.
Amassei as uvas, dali os caroços pulavam, saiam pela bacia,
pairavam no suco da preta uva,
já não havia mais cascas,
era tudo às claras.
Liberava-se a máscara,
triste e feliz.
A sacerdotisa,
no acaso veio em mim,
distribuiu o suco
já transformado em vinho
pela essência das especiarias:
linhaça, cravo e gengibre,
cuidadosamente
medidos e preparados.
Após três copos estávamos magicamente embriagados.
Tudo se organizou,
alguém organizou,
no acaso Ele.
Já estávamos em círculo.
Em algum outro lugar
já estivemos em círculo
como ali.
Na melhor maneira,
em que todos pudessem se tocar.
Os corpos foram acariciados,
acalmados,
massageados
pelos corpos, outros.
Repentinamente tudo se desmorona
Todos deitam,
outra posição.
A Sacerdotiza,
no acaso veio nela,
a mais velha e
ordenou,
numa leve brincadeira,
um beijo.
Esse beijo foi
sendo passado como um
cristal que não poderia cair e quebrar
e sim
entregue ao próximo,
como dela saiu.
O homem seu súdito
recebeu,
passou.
A menina atrevida,
recebeu.
Ria,
a danada
passou o beijo para o homem mais experiente,
amigo da sacerdotisa,
entendia o gozo,
aquela sensação ali cultuada,
sensação da vida,
da produção
reprodução.
Esse mesmo homem passou aquele beijo pra mim,
a mais nova,
ainda não iniciada
nos prazeres da vida.
Mostrei que sabia,
fingida,
de fato achava que sim.
O pré – prazer veio
e arrepiei.
Ué?
Que isso?
Os lábios do homem encostavam em minha nuca
Gritei.
Como uma virgem
Sangrei.
Como Maria
Misturei a dor e a alegria,
Mistura, essa,
só proveniente
dos mistérios da cabala.
Oculto?
a dor e a alegria se mostravam,
desvendavam interpretações.
Era aquilo
o prazer da vida.
Não menos doloroso
Não menos prazeroso.
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