Et Caetera

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domingo, abril 04, 2010

Tristeza e susto no Reino do Amor

Era uma vez uma princesinha muito sozinha, ela tinha o costume de falar com as paredes

e com as pessoas, ela gostava de falar com as pessoas só quando elas não estavam.

Ela tinha muito medo de perder os amigos que ela não via e nem tinha, ela sabia que não tinha.

Só tinha o medo de perdê-los.

Ela esperava um dia conhecê-los, ela sabia que ela não tinha, mas eles existiam. Esses amigos só podiam existir em algum lugar. Esse lugar ela também não conhecia, mas queria muito conhecer! Ela sabia que ele existia.


Todos os dias ela comia, antes acordava. Ia pra, voltava da, comia e dormia.

Às vezes ela queria comer algo mais doce, procurava, muito. Era difícil. Talvez os doces fossem mais caros naquele lugar, e eram.

Mas tinha um dia que era de graça o doce, esse era o dia mais feliz.

Não comia o doce escondido, nem lutava pra conseguir

os animais estavam autorizados a dar doces naquele dia,

o coelho era o que mais tinha.

Tinha um ovo enorme, igual ao que fritavam pra ela comer.

Mas esse era doce. Ela preferia.

Durante anos, e anos a princesinha viveu assim, lutando por doces

esperando conhecer...

dormindo e comendo.



Um belo dia ela conseguiu uma passagem,

naquele dia as passagens eram de graça, só naquele dia.

A passagem era pra longe, ela precisou não ir à e nem dormir na.


Ela achava que os amigos estavam lá

ela achava que lá era o lugar dos amigos.


Encontrou uma caixa fechada, a única coisa que tinha no lugar,

abriu e viu algo que tinha dentro dela também: mas nela, ficava bem lá no fundo, ela não podia ver.

Mas ele batia forte demais, e isso sempre incomodou a menina.

Esse também batia.

Ela fugiu, ficou com medo, ele parou de bater.


Voltou pra, comeu, dormiu

e quis voltar pro lugar,

teria que esperar, esperar mais.

Dessa vez ela jurou que não iria se assustar.