Vozes Desse Mundo
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
- Não adianta correr desesperado.
Roer a vida toda feito um rato;
Desamar por não ter sido amado;
Matar por um tênis ou um sapato
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Não vale afinar como faquir
Nem se tornar um lipídio à toa;
Ser mole: manteiga de pudim;
Dureza: pau de fazer canoa.
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Não basta fugir para as Bahamas
Do medo dos vilões, do dia-a-dia;
Dos fatos, do amor ou das paixões
Dos dilemas que a vida nos premia.
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Incompleto ser insatisfeito
Em morte chorar o leite entornado
Tal conflito susta no sujeito
Tudo que não pode ser cessado.
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Bem, fugir não parecer a estratégia
Nem viver abrolhou um outro jeito
Sigamos flutuando peito a peito
Na leveza da vitoria régia
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Sinto muito quando vejo a vida
Vergar em carapaças humanas
Criatura sem força, viço e cor;
Fugazes, sustáveis e maganas.
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
A utopia grávida de terror,
Pelo sal do tempo corroída.
Palhaços sem vida, de mau humor;
Senis infâncias em desamor.
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Quando nada se cria do que nascer,
Todos de si mesmo irão fugir;
Sair a esmo sem saber aonde ir,
Mas sempre a trás do outro mundo amanhecer.
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Lima, Ray
Vol.II do livro Tudo é Poesia parte do texto antropoteátrico "Primeira Estória: alice, a outra".
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
- Não adianta correr desesperado.
Roer a vida toda feito um rato;
Desamar por não ter sido amado;
Matar por um tênis ou um sapato
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Não vale afinar como faquir
Nem se tornar um lipídio à toa;
Ser mole: manteiga de pudim;
Dureza: pau de fazer canoa.
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Não basta fugir para as Bahamas
Do medo dos vilões, do dia-a-dia;
Dos fatos, do amor ou das paixões
Dos dilemas que a vida nos premia.
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Incompleto ser insatisfeito
Em morte chorar o leite entornado
Tal conflito susta no sujeito
Tudo que não pode ser cessado.
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Bem, fugir não parecer a estratégia
Nem viver abrolhou um outro jeito
Sigamos flutuando peito a peito
Na leveza da vitoria régia
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Sinto muito quando vejo a vida
Vergar em carapaças humanas
Criatura sem força, viço e cor;
Fugazes, sustáveis e maganas.
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
A utopia grávida de terror,
Pelo sal do tempo corroída.
Palhaços sem vida, de mau humor;
Senis infâncias em desamor.
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Quando nada se cria do que nascer,
Todos de si mesmo irão fugir;
Sair a esmo sem saber aonde ir,
Mas sempre a trás do outro mundo amanhecer.
-Não se aperreie não Alice, minha mana.
O poeta Zé de Nelson já dizia:
Pra onde você for urubu é preto e isso é bacana.
Lima, Ray
Vol.II do livro Tudo é Poesia parte do texto antropoteátrico "Primeira Estória: alice, a outra".
1 Comments:
Taí, gostei: poesia popular, na medida certa. Na dimensão certa. Valeu! Beijos.
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